segunda-feira, 13 de outubro de 2008

Workshop na Galeria Celamar

Preparei uma apresentação com o trabalho desenvolvido com minhas alunas no Brasil  para oferecer ao grupo de artistas que estão trabalhando e dividindo experiências na galeria Celamar. 

Coordenados por Marcela, diretora da galeria e artista plástica também, o grupo vai crescendo e se motivando. Marcela exerce um papel fundamental nas artes plásticas de Angola ao abrir seu espaço de forma informal para que os artistas venham trabalhar e dividir experiências durante 3 meses, terminando com uma exposição dos trabalhos ali criados.

Gostei muito de fazer este trabalho com eles: demonstraram enorme interesse e rapidamente incorporaram as técnicas do papel maché às suas idéias.

 

Apresentação do powerpoint.
Botando a mão na massa.

O menino é nossa mascotinha.
O grupo de jovens artistas.
Papietando um balão.
A máscara em primeiro estágio,

A Pastoral da Criança em Angola


Esta semana tive o imenso prazer de conhecer e conviver um pouco com a Dra. Zilda Arns.

Conhecendo-a, entendesse melhor de onde vem o sucesso da Pastoral da Criança: a Dra. Zilda Arns é a cara deste projeto para o qual  dedica, com conhecimento e muito amor, as 24 horas de sua vida. É uma pessoa incansável que avança, com segurança e suavidade, fazendo da Pastoral uma realidade de extrema importância social.

Orgulho para todos nós brasileiros

Quando começou há 25 anos atrás  a mortalidade das crianças com menos de um ano de idade, assistidas pela Pastoral, era de 51 por cada mil nascimentos. Hoje é  de 11 nas áreas onde a Pastoral atua e cerca de 20 na media brasileira.

Em Angola a Pastoral chegou em 1996 e está em processo de expansão.  Há muito que fazer. A mortalidade em Angola supera ainda as 150 crianças por cada mil nascidas vivas. Números que, felizmente, no Brasil ficaram no já longínquo 1935.

A Pastoral em Angola precisa de muito apoio para atingir suas metas de crescimento. É coordenada por Don Oscar, Bispo de Benguela, onde começou a Pastoral.

Os números na Pastoral são impressionantes. Hoje, no Brasil, 1816.261 crianças menores de 6 anos, são atendidas na Pastoral. As líderes comunitárias voluntárias já são mais de 140.000 e cada uma atende em média 13 crianças.  Mais 120.000 voluntários na equipe de apoio. 


segunda-feira, 6 de outubro de 2008

Cultura em Luanda

 

A semana passada foi rica em eventos culturais.

Tivemos um belo show de Africanita, cantora angolana. Uma bela voz , forte influência jazzística e uma paixão declarada por Tom Jobim, o homenageado da apresentação. O show, em comemoração aos 50 anos da Bossa Nova, foi muito bom e Africanita não economizou simpatia.

 

Vimos também uma linda exposição no Museu de História Natural: “Oratura dos Ogros...e do Fantástico...” Encima do trabalho do artista plástico Mário Tendinha, um encontro de pintura com a fotografia, a dança e a música. O resultado final foi uma proposta extremamente estética e criativa, usando todo o imaginário africano com modernidade. Muito lindo, sem dúvida o melhor trabalho que vimos até agora. Teria sido ainda mais lindo se tivéssemos contado com uma recepção mais cordial e simpática de parte dos organizadores.

 

A galeria Celamar há 3 meses abriu seus espaços para que os artistas pintassem os quadros ou fizessem workshops. A série será encerrada com uma exposição no mês de novembro. Minha contribuição será um workshop de Papel Maché no próximo sábado, 11 de outubro. Espero deixar a minha sementinha para os artistas angolanos.

 

A Embaixada de Moçambique promoveu um belo festival de cinema moçambicano. Surpreendente e de grande interesse. Vi, com grande prazer,  vários dos filmes.

 

Não podemos nos queixar, mas temos que estar atentos porque a divulgação praticamente não existe. Se não se fica alerta, corre-se o risco de perder um belo evento.


Museu de História Natural
Africanita
Artistas na Galeria Celamar

sábado, 4 de outubro de 2008

Flores na minha janela?

 

Da minha janela vejo de tudo; a vida passa por mim, deixando lembranças e recordações.

Hoje recebi fotos da casa de uma amiga na Zâmbia, de todos os ângulos possíveis uma orgia de flores brotando de seus jardins.

Olhei para fora e vi minha triste palmeira coberta de terra, como uma segunda pele. São meses sem ver a chuva. Olhei meu jardim seco e sem viço. Vi também meu jardineiro trabalhando; ainda não conseguiu fazer vingar nenhuma das mudas e sementes que plantamos.

Lembrei da janela da minha casa em Brasília e do nosso Bouganville sempre florido, alegria da rua, ponto turístico para lindas fotos.

Lembrei também dos canteiros em flor do Orfanato Mama Muxima onde os banheiros não funcionam com enormes problemas de encanamento, mas tudo que semeiam nasce, e todas as flores que ainda não consegui ver na minha nova casa estão lindas.

Seguramente, como a Beth, possuem mãos de fada.

Minha palmeira
As flores da Beth
Meu Bouganville
Orfanato Mama Muxima
Minha palmeira
e sua segunda pele de terra